Quando o nosso amor morrer
Enterrá-lo-ei no jardim das margaridas
Onde o ócio faz morada, eterna morada
No sepulcro do nada
Caso não me enterre com ele!
Quando o nosso amor morrer
Romperei todos os versos-filhos
Brotados nos partos da paixão
Não quero testemunhas deste último ato
Caso não me enterre com ele!
Quando o nosso amor morrer
Esquecerei todos os vícios
que o compuseram nos momentos vividos
Não suportarei lembranças de ternuras inacabadas
Caso não me esqueça com ele!
Quando o nosso amor morrer
Sepultarei em cova rasa as formas do querer dos corações
dos homens
Não desejarei fantasias vitrificadas nos portais do além
Caso não me sepulte com ele!
Quando o nosso amor morrer
Despejarei os instantes mais íntimos
Chorando lágrimas de sangue reais e verdadeiras de luto e
tristeza
Caso não me despeje com ele!
Quando o nosso amor morrer
Padecerei do mal mais vil e apodrecido
Nas chagas abertas no corpo e na alma
Cicatrizes noturnas abertas em mim
Caso não me padeça com ele!
Quando o nosso amor morrer
Desprezarei a própria vida
Será a minha partida
pois fatalmente morrerei com ele!
André Luis dedicado a Liu
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