Confiram

sábado, 9 de outubro de 2010

Conselhos meus e os do Papa

André Magalhães
Pensando como um Anjo Louco que sou...
Com quem tive a minha primeira experiência sexual eu não consigo lembrar, mas o assunto me veio à cabeça quando tive conhecimento das últimas declarações do papa Bento XVI na sua recente visita à Áustria. Assim falou o papa: “a Europa se tornou pobre em crianças. Queremos tudo para nós mesmos, e talvez não confiemos o suficiente no futuro...” e também em Viena como já o havia feito em sua estada no Brasil criticou duramente o aborto e o uso de preservativos e todo método anticoncepcional . É sabido que após décadas de estagnação moral, vivemos um período de “liberdade” absoluta. Relutei para não escrever sobre religião, mas o dogma da Igreja Católica já está causando estragos. É inadmissível fazer sexo hoje sem camisinha como impossível é permitir que Bento XVI exponha sua posição ou da igreja a qual ele representa fazendo intervenções na política de países considerados laicos, sem nenhuma contestação. Não adotar maneiras que evite a gravidez indesejada numa sociedade cada vez mais combalida é levar ao flagelo toda obra divina. Tentei lembrar como obtive o primeiro êxtase para enfatizar também que, naquela época (já se vão mais de duas décadas) os casais viviam mais moderadamente e a Igreja precisa atualizar-se, mas ainda seria muito interessante se a juventude de hoje novamente se apaixonasse pela vida e não abandonasse o afeto consumindo apenas o prazer. Todos haveriam de repensar seus atos na paquera depois de ler “Namorado” de Carlos Drummond de Andrade, ler e atuar, mas daí a aceitar posições extremamente radicais e que principalmente põe em risco a vida do ser humano é piegas com todo o respeito que V. Santidade merece e eu como simples mortal tenho, ouso discordar e estranhar tal posição. Minha reflexão aguçou-me também não a julgar, mas para lembrar aos jovens que apesar da aparente liberdade sexual que desfrutamos hoje os riscos também dobraram. Vamos analisar algumas questões apenas na base das suposições pois somente nela posso habilitar-me. Traição nos dias de hoje tornou-se corriqueira, para não dizer “normal” . Agora perguntemo-nos: porque tantos crimes passionais? Parece-me obvio afirmar que o homem ainda ama e se ama não admite o terror da perda pela traição. A base disso não justifica qualquer ato insano, mas permite concentrar atenção ao custo dessa chamada modernização. Como um gabiru peço atenção ao romantismo e àqueles gestos dito antigos como enviar flores, comer pipoca no cinema, correr na chuva de mãos dadas, curtir um luau e principalmente viver do e com amor sincero. A troca de prazeres deve e pode acontecer sempre que estivermos ao lado da pessoa escolhida, mas acima de tudo amada. Tem de haver intensidade em tudo que fazemos e como “a vida nada mais é do que aquilo que acontece enquanto fazemos planos” temos de vivê-la sem arrependimentos. Nunca existiu vergonha em declarar-se apaixonado, justo por isso, ame, compreenda, modernize-se, chore, dance, ria, e use muita, muita camisinha. Eu assim como o papa me preocupo com o futuro dos nossos jovens, aliás Nicolau Maquiavel também fazia o mesmo quando afirmava: “ Não se pode chamar de ‘valor’ assassinar seus cidadãos, trair seus amigos, faltar a palavra dada, ser desapiedado, não ter religião. Essas atitudes podem levar à conquista de um império, mas não à glória”. Pelo que noto a única certeza é que somos o que fazemos, sendo assim um VIVA ao namoro seguro.

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